Conexiones entre el emprendimiento social y la animación sociocultural. Empoderando desde “lo común” frente a la lógica neoliberal.

Abstract

Los estudios que analizan el emprendimiento han proliferado como una estrategia clave para el crecimiento socio-económico y la creación de empleo. Buena parte se enfocan desde una perspectiva capitalista del emprendimiento en la que se ‘invita’ a los ciudadanos a hacerse autónomos, valientes, innovadores, activos, productivos, etc., es decir, a convertirse en ‘empresarios de sí mismos’. Son menos abundantes las investigaciones que se centran en el emprendimiento social y que además lo hacen desde una perspectiva educativa crítica. De hecho, tras la revisión de la literatura no se han detectado estudios que conecten la práctica del emprendimiento social con la praxis de la animación sociocultural. En este trabajo se desarrolla un análisis de contenido de textos que abordan, por un lado, el emprendimiento social y, por otro lado, la animación sociocultural. Se ha observado que estos dos conceptos comparten rasgos característicos, principios y valores fundamentales. Como resultado se percibe el emprendimiento social desde una cosmovisión alternativa que tiene una fuerte conexión con la ‘animación sociocultural’, ya que ambas ponen el foco en el interés colectivo. Concluimos que el emprendimiento social potencia los valores de una praxis colaborativa, asociativa y solidaria que defiende el desarrollo comunitario y la construcción de ‘Lo Común’. Se proponen finalmente algunas pautas de acción desde la educación social para animar al emprendimiento como práctica colaborativa y social, así como algunas líneas de trabajo futuras en esta dirección.

Studies analysing entrepreneurship have flourished as a key strategy for socioeconomic growth and job creation. A good part of them are approached from a capitalist perspective of entrepreneurship in which citizens are ‘invited’ to become autonomous, courageous, innovative, active, productive and so on; i.e. to become ‘entrepreneurs of themselves’. There are fewer studies that focus on social entrepreneurship and which do so from a critical educational perspective. In fact, after reviewing the literature, no studies have been identified that connect the practice of social entrepreneurship with the praxis of sociocultural animation. This paper develops a content analysis of texts dealing, on the one hand, with social entrepreneurship and, on the other hand, with sociocultural animation. It has been observed that these two concepts share characteristic features, principles and fundamental values. As a result, social entrepreneurship is perceived from an alternative worldview, which has a stronger connection with ‘sociocultural animation’, as both focus on the public interest. We conclude that social entrepreneurship fosters the values of a collaborative, associative and solidarity-based praxis which defends community development and the construction of ‘The Common’. Finally, some guidelines for action from social education are proposed in order to encourage entrepreneurship as a collaborative and social practice. Some future lines of work in this direction are also suggested.

Os estudos que analisam o empreendedorismo têm proliferado como estratégia chave para o crescimento socioeconómico e a criação de emprego. Grande parte é abordada de uma perspetiva capitalista de empreendedorismo em que os cidadãos são ‘convidados’ a tornarem-se autónomos, corajosos, inovadores, ativos, produtivos, etc., ou seja, a tornaremse ‘empreendedores de si próprios’. Menos investigação centra-se no empreendedorismo social e fá-lo de uma perspetiva educativa crítica. De facto, após revisão da literatura, não foram detetados estudos que relacionem a prática do empreendedorismo social com a práxis da animação sociocultural. Este documento desenvolve uma análise de conteúdo de textos que abordam, por um lado, o empreendedorismo social e, por outro lado, a animação sociocultural. Foi observado que estes dois conceitos partilham características, princípios e valores fundamentais. Como resultado, o empreendedorismo social é percebido a partir de uma visão alternativa do mundo que tem uma forte ligação com a “animação sociocultural”, uma vez que ambas se centram no interesse coletivo. Concluímos que o empreendedorismo social reforça os valores de uma praxis colaborativa, associativa e solidária que defende o desenvolvimento comunitário e a construção do ‘Comum’. Finalmente, propomos algumas linhas de ação de educação social para encorajar o empreendedorismo como prática colaborativa e social, bem como algumas linhas de trabalho futuro nesta direção.