A distância da política
Identificadores
URI: https://hdl.handle.net/10481/91074Metadatos
Afficher la notice complèteAuteur
Carmona Hurtado, JordiEditorial
Poliética. Revista de Ética e Filosofia Política de la Pontificia Universidade Católica de São Paulo, Brasil.
Materia
Arte Art Política Politics Revolución Revolution James Agee Godard, Jean Luc, 1930-
Date
2018-02-25Referencia bibliográfica
Carmona Hurtado J. (2018). A distância da política. Poliética. São Paulo, v. 5, n. 1, pp. 74-95, 2017.
Patrocinador
Universidade Federal de Campina Grande, Brasil.Résumé
No presente texto levantamos a hipótese que a arte política não é aquela que visa transformar o espetador de obras de arte em ator da revolução, mas a que trabalha de uma maneira específica o ser espetador mesmo. Esse trabalho de uma revolução na posição do espetador visa acolher certa distância interna à política, certa diferença que introduz a realidade da injustiça ou da revolta na percepção social consensual, e que é solapada normalmente pelos meios de informação. Analisamos, nessa perspetiva, dois exemplos: as reflexões de James Agee sobre o signifi-cado do trabalho que deu lugar a "Let us now praise famous men", e a contribuição de Jean-Luc Godard ao filme coletivo "Loin du Vietnam". n this text we argue that political art is not the art practice which aims to transform the spectator of the art world into an actor of the social revolution, but one which refers to a specific way of creating a spectator’s position. This way of producing a revolution in spectator’s position aims to accommodate a certain internal distance of politics itself, a certain difference which is introduced by the reality of injustice or revolt in consensual social perception, and which is usually undermined by the means of information. In this perspective, we analyze two examples: James Agee’s reflections on the meaning of the work that gave rise to "Let us now praise famous men", and Jean-Luc Godard’s contribution to the collective film "Loin du Vietnam".