A estética do “numinoso” nas Nouvelles orientales de Marguerite Yourcenar
Metadata
Show full item recordAuthor
Carvalho, Sofia A.Editorial
Asociación Cultural Impossibilia
Materia
"Unidade de impressão" Estética do “numinoso" Yourcenar, Marguerite, 1903-1987 Otto, Rudolf Tremendum Majestas Orgê Interculturalidade Conto Tale Interculturality "Unity of impression"
Date
2015-04Referencia bibliográfica
Carvalho, Sofia A. "A estética do 'numinoso' nas Nouvelles orientales de Marguerite Yourcenar". Impossibilia, 9: 12-27 (2015). [http://hdl.handle.net/10481/47179]
Abstract
Partindo de uma abordagem prévia à problemática genológica, bem como ao carácter impuro da
fronteira canónica entre “novela”, “conto” e “romance” em diferentes contextos culturais,
problematizaremos, num primeiro momento, as questões de intensidade e brevidade, rememorando aquilo
a que Edgar Allan Poe denominou de “unidade de impressão”. Num segundo momento, proporemos uma
análise exegética que, pela recriação da categoria do “numinoso” de Rudolf Otto e dos três elementos que a
compõem (o tremendum; a majestas e a orgê), possibilita uma leitura simbólico-cultural e um novo acesso à
obra yourcenariana, enquanto cifra de realidades culturais distintas. Por fm, a novidade hermenêutica da
estética do “numinoso”, permite potenciar, por um lado, aproximações arquetípicas às personagens das
nouvelles yourcenarianas, e por outro, recoloca em poético confronto mundividências culturais díspares cuja
sedimentação simbólico-cultural denominámos de numengrafia. Initiating with a previous approach on the literary genres issue, as well as on the impurity of the
canonical boundaries between “tale”, “short-story” and “novel” in different cultural contexts, we will frstly
question the issues of intensity and brevity, remembering what Edgar Allan Poe denominated as “unity of
impression”. Secondly, we will purpose an exegetical analysis that, by the recreation of Rudolf Otto’s
category of the “numinous” and its three components (the tremendum; the majestas and the orgê) allows for
a symbolic and cultural reading and a new access to the yourcenarian work, as a cypher of different cultural
realities. Lastly, the hermeneutical innovation of the aesthetics of the “numinous” enables, on the one hand,
archetypal approaches about the characters presented in yourcenarians tales and, on the other hand,
repositions dissimilar worldviews in a poetic confrontation whose symbolic and cultural sedimentation we
denominated as numengraphy.