Fraseologia e emoções em corpos estigmatizados: vozes à flor da pele
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Martín Salcedo, JavierEditorial
Universidad de Granada
Departamento
Universidad de Granada. Programa de Doctorado en Lenguas, Textos y ContextosMateria
Fraseologia Sociologia das emoções Profissionais do sexo Emoção Estigma Fraseología Sociología de las emociones Trabajadores sexuales Emoción Estigma
Date
2021Fecha lectura
2020-10-15Referencia bibliográfica
Martín Salcedo, Javier. Fraseologia e emoções em corpos estigmatizados: vozes à flor da pele. Granada: Universidad de Granada, 2021. [http://hdl.handle.net/10481/71158]
Sponsorship
Tesis Univ. Granada.; Fundação CAPES; Universidade Federal da Bahia (PPGLinC-UFBA) - Fundação CAPES (Brasil)Abstract
Com base nos pressupostos teóricos da fraseologia e da sociologia das emoções, nesta
pesquisa qualitativa e interpretativista visamos analisar e compreender de que modo
profissionais migrantes do sexo de Salvador e Granada conceituaram e representaram a
tríade violência–corpo–sexualidade, baseados em suas matrizes de referência cultural e
ideológica, a fim de elucidar como estes sujeitos se serviram da expressão de emoções
materializadas linguisticamente na forma de fraseologismos diversos. Essas unidades
fraseológicas geradas estão associadas a certas emoções, tais como: vergonha, orgulho,
culpa, medo, raiva e nojo, dentre outras, apontando para aspectos da identidade
profissional e de origem dos colaboradores. Como referencial teórico, adotamos, dentre
outros autores: para os estudos fraseológicos, Baptista (2012), Corpas (1996), Penadés
(1999); os contributos da sociologia das emoções de Hochschild (1979), Kemper
(1978), Scheff (1988); e no que diz respeito à noção de estigma, Becker & Arnold
(1986), Goffman (2004 [1963]) e Link & Phelan (2001). No capítulo teórico,
apresentamos o cenário da pesquisa fraseológica no Brasil, com algumas incursões nos
estudos fraseológicos espanhóis, situamos a fraseologia como área de conhecimento,
nos adentramos no campo da sociologia das emoções, com o intuito de propor um
deslocamento para o universo da fraseologia, fundamentado em uma abordagem da
teoria construtivista da sociologia das emoções. Cientes da escassez de pesquisas no
âmbito desta área da linguística com sujeitos empíricos que abordem questões sociais e
de estigmatização ou assuntos relacionados com a identidade e a emoção, entrevistamos
a seis trabalhadores sexuais, três em Salvador e três em Granada, aplicando um
questionário que identificasse os sujeitos na pesquisa; um roteiro audiovisual e
fotográfico, em forma de entrevista semidirigida que provocasse reações e emoções com
relação a tríade violência–corpo–sexualidade; e uma narrativa oral orientada que
estimulasse uma reflexão acerca da identidade profissional e de origem dos
participantes. De acordo com os dados facilitados pelos inquiridos, derivados da
metodologia, traçamos três possíveis caminhos a serem percorridos em futuros estudos
no âmbito da fraseologia. A primeira prosposta elenca fraseologia e ideologia. No nosso
caso, os fraseologismos emergentes em contexto de produção mostram as diversas
formas de representação social e ideológica da tríade anteriormente supracitada. A
segunda consiste em vislumbrar as relações entre fraseologia e emoção. Para isso,
elaboramos e apresentamos um glossário das estruturas léxicas geradas que nos permita
identificar associações entre as unidades fraseológicas e certas emoções. A terceira e
última aborda questões de fraseologia e identidade, por meio das narrativas orais dos
sujeitos colaboradores, aparecendo frasemas que definam as emoções e reações,
vinculados às percepções que os entrevistados construíram com relação às suas
identidades profissional e de origem / étnica. Partiendo del campo teórico de la fraseología y la sociología de las emociones, esta
investigación cualitativa e interpretativa busca analizar y comprender cómo trabajadores
sexuales migrantes de Salvador y Granada conceptualizaron y representaron la tríada
violencia–cuerpo–sexualidad, a partir de sus matrices de referencia cultural e
ideológica, con el fin de dilucidar cómo estos sujetos utilizaron la expresión de
emociones materializadas lingüísticamente en diferentes fraseologismos. Las unidades
fraseológicas obtenidas están asociadas a determinadas emociones, tales como:
vergüenza, orgullo, culpa, miedo, enfado y asco, entre otras, apuntando a aspectos de la
identidad profesional y de origen de los entrevistados. Como marco teórico se adoptó,
entre otros autores: para los estudios fraseológicos, Baptista (2012), Corpas (1996),
Penadés (1999); los aportes de la sociología de las emociones de Hochschild (1979),
Kemper (1978), Scheff (1988); y con relación a la noción de estigma, Becker y Arnold
(1986), Goffman (2004 [1963]) y Link y Phelan (2001). En el capítulo teórico,
presentamos el estado del arte de la investigación fraseológica en Brasil, con algunas
incursiones en los estudios fraseológicos españoles, delimitamos la fraseología como
área de conocimiento, nos adentramos en el campo de la sociología de las emociones,
con el fin de proponer una perspectiva diferente para el ámbito de la fraseología, basada
en un enfoque de la teoría constructivista de la sociología de las emociones. Conscientes
de la escasez de investigaciones en esta área de la lingüística con sujetos empíricos que
aborden temáticas sociales y de estigmatización o cuestiones relacionadas con la
identidad y la emoción, entrevistamos a seis profesionales del sexo, tres en Salvador y
tres en Granada, a los que se les aplicó un cuestionario para identificarlos; un material
audiovisual y fotográfico, en forma de entrevista semidirigida que provocara reacciones
y emociones en torno a la tríada violencia–cuerpo–sexualidad; y una narrativa oral
dirigida que estimulase una reflexión sobre la identidad profesional y de origen de los
participantes. Según los datos aportados por los encuestados, derivados de la
metodología, hemos esbozado tres posibles vías que orienten futuros estudios en el
campo de la fraseología. La primera propuesta abraza fraseología e ideología. En
nuestro caso, las unidades fraseológicas emergentes en contexto de producción indican
diferentes formas de representación social e ideológica de la tríada ya mencionada. La
segunda vislumbra la relación entre fraseología y emoción. Para ello, elaboramos y
presentamos un glosario de estructuras léxicas que nos permita identificar asociaciones
entre unidades fraseológicas y determinadas emociones. La tercera y última aborda
aspectos de fraseología e identidad, a través de las narrativas orales de los sujetos
colaboradores, apareciendo fraseologismos que definen emociones y reacciones,
vinculados a las percepciones que construyeron los entrevistados sobre sus identidades
profesionales y/o de origen / étnicas. Based on the theoretical field of phraseology and the sociology of emotions, this
qualitative and interpretive research seeks to analyze and understand how migrant sex
workers from Salvador and Granada conceptualized and represented the violence–
body–sexuality triad, based on their referential matrices of cultural and ideology, in
order to clarify how these subjects used the expressions of emotions, materialized
linguistically in the form of different phraseologisms. The phraseological units obtained
are associated with certain emotions, such as: shame, pride, guilt, fear, anger and
disgust, among others, pointing to aspects of the professional identity and origin of the
interviewees. The theoretical framework was adopted for this analysis, based on
concepts of several authors from phraseological studies, Baptista (2012), Corpas (1996),
Penadés (1999); with contributions of the sociology of emotions by Hochschild (1979),
Kemper (1978), Scheff (1988); and in relation to the notion of stigma, Becker & Arnold
(1986), Goffman (2004 [1963]) and Link & Phelan (2001). In the theoretical chapter,
we present the state–of–the–art of phraseological research in Brazil, with some
incursions into Spanish phraseological studies, we delimit the phraseology as an area of
knowledge, we enter the field of the sociology of emotions, in order to propose a
different perspective for the field of phraseology, based on a constructivist theory
approach to the sociology of emotions. Aware of the scarcity of research in this area of
linguistics with empirical subjects that address social issues and stigmatization or issues
related to identity and emotion, we interviewed six sex workers, three in Salvador and
three in Granada, for whom a questionnaire was applied to identify them; audiovisual
and photographic material, in the form of a semi-directed interview that provokes
reactions and emotions regarding the triad of violence–body–sexuality; and a directed
oral narrative that stimulates a reflection on the professional identity and origin of the
participants. According to the data provided by the respondents, derived from the
methodology, we have outlined three possible paths to follow in future studies in the
field of phraseology. The first proposal embraces phraseology and ideology. In our case,
the emerging phraseological units in the context of production indicate different forms
of social and ideological representation of the aforementioned triad. The second
proposition glimpses the relationship between phraseology and emotion. To do this, we
have elaborated and present a glossary of lexical structures that allow us to identify
associations between phraseological units and certain emotions. The third and last one
addresses aspects of phraseology and identity, through the oral narratives of the
collaborating subjects, revealing phraseologisms that define emotions and reactions,
connected to the perceptions that the interviewees constructed about their professional
and/or origin/ethnic identities.