El PSOE y el PS (2008-2024): ¿la democratización interna supone digitalización?

Abstract

Objetivo/contexto: el cambio es inherente a los partidos políticos y, en los últimos años, muchas de sus transformaciones han estado vinculadas tanto a la democratización interna como a la digitalización de sus estructuras. Este artículo analiza la relación entre ambos procesos en el Partido Socialista Obrero Español (PSOE) y el Partido Socialista de Portugal (PS), con el objetivo de determinar por qué y cuándo estas organizaciones introducen nuevas opciones de democracia interna y si ello ha conllevado una mayor digitalización de su normativa. Metodología: se realiza una comparación emparejada de casos, siguiendo la estrategia de máxima similitud. Para ello, se examinan los documentos organizativos que regulan la vida dentro de ambos partidos, identificando las modificaciones relativas a la democracia interna y su potencial digitalización. Conclusiones: se concluye que tanto el PSOE como el PS tienden a ampliar las vías de democracia interna principalmente cuando han perdido el Gobierno y se encuentran en la oposición, como mecanismo para recuperar apoyo y acceder nuevamente al Poder Ejecutivo. Sin embargo, la profundización en la democracia interna no ha implicado la garantía estatutaria de la participación digital, y esta opción ha quedado relegada a decisiones puntuales y no es un derecho consolidado en sus reglas. Originalidad: el estudio aporta un enfoque novedoso al comparar dos partidos socialdemócratas de la península ibérica, cuya trayectoria ha diferido de la de muchos de sus homólogos europeos, y al examinar empíricamente si la democratización interna impulsa la digitalización en la estructura partidaria.

Objective/context: Organizational change is intrinsic to political parties, and in recent years, much of this evolution has been linked to both internal democratization and the digitalization of party structures. This article examines the interplay between these two processes in the Spanish Socialist Workers’ Party (PSOE) and the Portuguese Socialist Party (PS), aiming to identify why and when these organizations introduce new mechanisms of internal democracy, and whether this has led to a greater digitalization of their regulations. Methodology: The study employs a paired case comparison using a most-similar systems design. It analyzes the organizational documents that govern the internal life of both parties, focusing on reforms related to internal democracy and their potential for digitalization. Conclusions: The findings indicate that both the PSOE and the PS tend to expand internal democratic practices primarily when they have lost governmental power and are in opposition, using these reforms as a strategy to regain support and return to executive office. However, the deepening of internal democracy has not resulted in the statutory guarantee of digital participation, which remains subject to ad hoc decisions rather than being established as a formal right. Originality: This study offers a novel comparative perspective on two Iberian social democratic parties, whose trajectories have diverged from many of their European counterparts, and empirically assesses whether internal democratization drives digitalization within party structures.

Objetivo/contexto: a mudança organizacional é parte integrante dos partidos políticos e, nos últimos anos, muitos desses processos têm estado associados tanto à democratização interna quanto à digitalização das estruturas partidárias. Este artigo investiga a relação entre esses dois fenômenos no Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e no Partido Socialista de Portugal (PS), buscando compreender por que e em que momentos essas organizações introduzem novas formas de democracia interna e se isso resulta em maior digitalização de suas normas. Metodologia: o estudo realiza uma comparação emparelhada de casos, seguindo o desenho de sistemas mais semelhantes. São analisados os documentos organizativos que regulam a vida interna de ambos os partidos, com foco nas reformas relativas à democracia interna e ao seu potencial de digitalização. Conclusões: os resultados mostram que tanto o PSOE quanto o PS tendem a ampliar as vias de democracia interna, sobretudo quando perdem o governo e se encontram na oposição, utilizando essas reformas como estratégia para recuperar apoio e voltar ao poder executivo. Contudo, o aprofundamento da democracia interna não se traduziu na garantia estatutária da participação digital, que permanece dependente de decisões pontuais, e não como um direito consolidado. Originalidade: o estudo traz uma abordagem comparativa inovadora entre dois partidos social-democratas ibéricos, cuja trajetória difere da maioria dos seus congêneres europeus, e avalia empiricamente se a democratização interna impulsiona a digitalização nas estruturas partidárias.